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Como ler uma carta de aproximação – 1ª Parte

O que a gente verifica quando lê uma carta de aproximação (IAC)?

Se você já viu uma carta de aproximação, você sabe que existe um monte de informações que podem deixar o piloto meio perdido mesmo. Sabe o pior, a maioria das informações são importantes, 😄. Mas você só vai ficar perdido, se não tiver lido este post para saber como ler uma carta de aproximação.

Pra exemplificar e deixar algo mais suave pra você, eu busquei uma carta na AISWEB que é o site oficial do DECEA para busca por informações aeronáuticas.

A carta escolhia foi a IAC VOR Y 33.

Para começar, IAC significa Instrument Approach Chart, que em português quer dizer Carta de Aproximação por Instrumentos.

VOR significa VHF Omnidirectional Range Station e ele fornece radiais em 360° para que o piloto consiga se situar a partir deste ponto. Pode ser usado para se afastar ou para se aproximar.

Durante a leitura da carta começamos da esquerda para a direita e prosseguimos de cima para baixo.

Vamos começar com o cabeçalho.

No topo da carta são informados dados importantes sobre ela:

  • tipo de carta – é importante saber se é uma IAC, SID (carta de saída), STAR (carta de chegada) ou alguma outra;
  • a localidade – tanto o nome do aeródromo quanto o designativo ICAO (SBKP);
  • altitude da pista em pés. Aquele apóstrofo do lado do número 2170 significa que estão usando a unidade pés; e
  • nome do procedimento – VOR Y RWY 33.

OBS.: Nesta carta em específico, um dado importante que normalmente fica no topo está abaixo do rodapé, que é a data da carta. É sempre importante ler a sua data de efetivação em ciclo AIRAC. Ler este dado pode te ajudar a perceber uma carta desatualizada que pode te colocar em uma trajetória já não mais segura.

Na sequência, temos informações de frequências e da parte final do procedimento:

  • as frequências D-ATIS – que passa informações recentes e importantes acerca da operação naquele aeródromo;
  • as frequências do APP SÃO PAULO – Controle São Paulo;
  • frequência da TWR CAMPINAS – Torre Campinas;
  • frequência do GNDC CAMPINAS – Controle de Solo de Campinas;
  • frequência do VOR/DME VCP – muitos VOR são integrados com um DME que passa informação de distância. VCP é o trigrama designativo do auxílio e possui um código morse para cada letra que deve ser checado pelo auditivo;
  • FINAL CRS – curso final, a trajetória que a aeronave precisa estar realizando em relação ao VOR, quando estiver na última etapa do procedimento;
  • FAF – Final Approach Fix, Fixo de Aproximação Final que define o início da rampa;
  • VOR MDA – Minimum Descent Altitude é a Altitude Mínima que o piloto pode descer e estar seguro, mesmo que esteja sem ver nada à sua frente. Caso ele não pegue visual com a pista até o ponto do MAPT, ele precisa iniciar o procedimento de aproximação perdida;
  • MAPT – Missed Approach Point – Ponto de início da aproximação perdida. É importante verificar onde é o MAPT, pode ser na cabeceira, pode ser no bloqueio do VOR ou pode ser em um outro fixo definido na carta.

Muitos detalhes são importantes. O MAPT, por exemplo, se o piloto não perceber qual realmente é o ponto de início da aproximação perdida ele pode acabar realizando uma trajetória vertical que não seja livre de obstáculos, afetando diretamente a segurança de voo. Por isso é tão importante saber como exatamente como ler uma carta de aproximação. 

No próximo post, nós iremos continuar a explicação desta mesma carta.

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